quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

A difícil arte de ser pobre

Hoje eu tava muito puta da minha vida pq tinha um mogollón de burocracias on-line do curso para resolver e o site da universidade ficava dando pau. Para resolver eu deveria ligar para lá e eles ia me ajudar enquanto eu ficava no computador, ok. Daí eu descobri que estava sem crédito no celular, porra! Daí eu tinha que sair e resolver outras caraleones burocracias na rua, mas tava chovendo e frio, porra! Olhei para o meu “armário” (uma caixa de compensado com meia dúzia de trapinhos) e vi que to praticamente sem roupa e tenho somente um casaco, porra! Sem dinheiro, porra, porra!!!!!!!!!!!!

Bueno, lá fui eu bem irritada na chuva e com frio para o centro. Quando cheguei em Victoria Station o celular tocou e era uma mulher de um restaurante que eu tinha me aplicado na noite de quarta (on line) me chamando para uma entrevista hoje. Tipos, eu tinha que ir num encontro do curso (conhecer a diretora e as outras alunas, sim , só tem mulher) e depois iria na entrevista. Me olhei no espelho de uma vitrine e achei que aquilo não era jeito de se apresentar. Tava tão feliz com a perspectiva de ganhar dinheiro que entrei na loja de departamento (dessas que tem todas as marcas) e fui dar uma olhada descompromissada.

Tava lá na minha e a mulher do estande da Urban Decay me ofereceu free make up. Tipos, ela só ia dar uma maquiadinha no meu olho, de leve. Menina... Ela me deixou gata para caralho, e depois ela disse que se eu comprasse três produtos ganhava uma manicure de graça. Olhei para o estande das manicures e li: 17 libras para fazer a unha. Porra, 45 reais para fazer a unha (sem cutícula!!!!!!!), vou comprar esses cacarecos agora e fazer essa mão. Até porque minha mãe sempre disse que não se vai a uma entrevista de emprego com as unhas feias.

Cara, que merda de manicure, hein?! Sem falar que caguei a porra da unha toda assim que saí de lá, porra! Ainda gastei 40 libras em maquiagem e casaco que é bom para aquecer nada. Tô pobre e sem roupa, grandes merda, hein Olívia?! Para piorar a mulher da entrevista disse que eu tenho que usar uma calça preta e camisa preta (que eu não tenho). Vou lá eu gastar mais dinheiro sem saber se vai rolar algum entrando... Ah, a entrevista foi bizarra, isso é outra história.

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