Hoje eu estava no metrô e um cara do meu lado estava mexendo no brinquedinho novo dele. Era um celular touch screen, não chegava a ser um iphone, mas era muderno. O problema é que ele queria tanto chamar atenção para seu brinquedo, que ouvia funk às alturas.
Devo dizer, antes e tudo, que pessoas que escutam música alto em lugares públicos me irritam muito. Não é uma irritação só, na verdade é o tipo de irritação que, caso andasse armada, já teria matado um. Ou 20.
Enfim, respirei fundo e bem educada perguntei: "Com licença, o senhor tem fone de ouvido?" e ele respondeu como se nada houvesse: "Não".
Puta, puta dentro das calças repliquei: "Ah, então a ideia é que todo mundo escute o que o senhor quer escutar?" E ele: "é"
Caraca!!!!!!!!! Juro, quase tive um piripaque, mas sabe o que eu fiz? Nada. Fazer o quê? Xingar o cara? Fiquei muda e puta. Que ódio!
Mas eu bem vi que várias pessoas ao redor se sentiram felizes quando pergunei do fone para ele. Essas pessoas depois lançaram olhares de reprovação para o imbecil, mas ele não se comoveu e acho até que aumentou o volume, só de sacanagem.
Sorte que saltei quatro estações depois. Não sei se convém dizer que o trem seguia para a Pavuna. Será que soa como preconceito?
Não interessa, estou com ódio no coração. Isso me faz lembrar por que odeio a inclusão digital e tudo que isso implica. Sim, neste momento sou um ser desprezível, mas falta de respeito me desperta sentimentos horríveis
3 comentários:
Respondendo à pergunta do penúltimo parágrafo: sim, soa preconceituoso. O que não falta no Leblon é filho da puta individualsta, exibicionista, sem noção e querendo fuder a paciência dos outros. Também tá confundido as coisas sobre inclusão digital.
De resto, concordo.
Eu não confundi as bolas, foi uma piada.
Uma coisa que eu não consigo entender é por que as pessoas acham maneirão dividir suas conversas no Nextel com outros. É muito maneiro ter um Nextel? Você tem que contar para todo mundo?
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