Eu tenho para mim que "eu te amo" não é declaração de amor. Quer dizer, qualquer coraçãozinho se derrete quando escuta um "eu te amo" da pessoa amada (dã), mas depois a frase banaliza e vira um festival de "eu te amo": antes de desligar o telefone, antes de dormir, depois de espirrar e por aí vai. Só que declaração de amor é outra coisa, é coisa que se escuta muito de vez em quando e eu mesma não sei se já escutei alguma.
Declaração de amor é Javier Bardem dedicar o prêmio de melhor ator que recebeu em Cannes à sua então namorada Penélope Cruz dizendo: "Compartilho a alegria deste prêmio com minha amiga, companheira e amor, Penélope Cruz. Te devo muitas coisas e te quero muito"
Avalie que isso tudo ainda foi dito em espanhol, tá? Imagine ouvir isso de seu namorado na frente do mundo inteiro? Ainda que ele tivesse dito isso durante o jantar pós premiação no ouvidinho dela, sem ninguém como testemunha, ainda assim teria sido de cair dura.
Pensando bem, os espanhóis são mestres na arte de se dclarar sem medo, é só ver o vídeo do goleiro da seleção espanhola dando entrevista à sua namorada e repórter Sara Carbonero. Duvido que exista uma mulher no mundo que não tenha suspirado ao ver aquela cena de paixão. Isso sim, isso é mil vezes melhor do que ouvir "eu te amo" 80 vezes por dia.
Porque a declaração de amor tem que ser passional, vir do fundo da alma, palavras que expressam algo muito muito forte. Fazer música também serve e também encanta. Poesia, no meu caso, não faria o mesmo sucesso, mas um "você é a melhor coisa que já aconteceu na minha vida obrigado por existir e seu sou uma pessoa melhor porque tenho você do meu lado" é imbatível.
Aqui o vídeo de Casillas para quem não viu, ou quiser rever
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