Conversar sobre as aventuras da vida de solteiro me tem feito ouvir histórias maravilhosas. Que fique claro que quando digo maravilhosas eu quero dizer bizarras, na vibe xixi, cocô e porra. Tem um amigo da minha mãe que adora citar uma frase sensa: “eu topo tudo, mas xixi, cocô e porrada to fora”.
Como já falamos dos dois primeiros, vamos falar de porrada. Na verdade o termo tá meio forte, mas não sei muito bem como classificar a agressão (?). A ver:
Um amigo, gay, conheceu um sujeito ótimo e marcaram o primeiro encontro. Jantaram, beberam, conversaram, tudo lindo. O sujeito convidou meu amigo para continuarem a noite na casa dele, que morava lá na caixa prego, mas, como estava de carro, prometeu devolver meu amigo no dia seguinte na porta de casa.
Chegando na casa do sujeito, meu amigo notou a presença de um terceiro elemento na sala e perguntou de quem se tratava. O sujeito respondeu que aquele era seu ex, que ainda ainda não tinha arrumado outro canto para morar e continuava habitanto o apartamento. E falou na maior tranquilidade, como se aquela situação fosse meio chata, mas ok. “Ele não se importa de eu estar saindo com outras pessoas. Acabou”, ele garantiu.
Meu amigo achou tudo muito estranho, mas se o cara tava dizendo que estava tudo bem, fazer o quê?!
E aí, amigos, pausa para reflexão: qual a chance de isso não ser uma mega roubada?! Reflitam, primeiro encontro, cara recém-terminado, que mora com o ex e leva seus dates para o apartamento onde o ex vai estar. Na boa, a gente sabe que o álcool é foda, mas não se pode ignorar os sinais. Feeling, gente, feeling.
Voltando, os dois entraram no quarto do sujeito e lá ficaram. No meio da noite meu amigo sentiu uma coisa estranha e quando abriu os olhos mal conseguiu acreditar no que viu: o terceiro elemtno, o tal ex, estava mordendo a sua orelha! Sim, é isso mesmo, o cara mordia a orelha do meu amigo (tipos, mordendo com força, sangrava e tudo)e griatava com o ex (o date do meu amigo): “Você não queria ménage?! Então vamos fazer agora!”
Tomado pelo susto, meu amigo saiu correndo desesperado. Dato foi atrás, para levá0lo em casa, pedir desculpas etc. Falou todos aqueles argumentos inúteis: “ele é louco”, “por isso que não estamos juntos”, “não dava mais” etc etc. Tá, ele é louc, você já sabia, deixou ele ficar na sua casa e ainda assim traz gente que você pega para dentro de casa?! Ah, tá.
Não sei que conclusão tirar disso, mas como diz o padre conselheiro amoroso: não dá para confiar em gente que não resolveu pendência com ex. Que isso nos sirva de lição