quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Lei do silêncio

Teve um dia que eu fiquei com saudades do 592 e dispensei a van para pegar o ônibus (ok, mentira, peguei o que passou primeiro) e me deparei com uma crente cantando (ou louvando) alto dentro do lotação. Caraleo, na buena, tudo que uma pessoa não precisa às 9h30 da manhã é te uma evangélica achando que está no karaokê. Fiquei muito puta, ela nem de fone de ouvido estava, nem dava para usar a desculpa que ela não estava “se ouvindo”, sabe?

Tipos, não bastasse o ônius imundo, barulhento, fedido e cheio de gente feia, ainda tinha a porra da mulher cantando. Daí que na hora de descer passei pela dita cuja e falei “Olha só, cantoria a essa hora da manhã ninguém merece! Jesus só pode estar de sacanagem comigo”

Pois sabem o que ela fez? Olhou bem dentro dos meus olhos e... continuou cantando.

Achei fino, mas fiquei puta.

O pior é que já peguei esse ônibus mais duas vezes e ela estava lá. Adivinhem? Cantando, claro

É muita desgraça para uma pobre alma

sábado, 15 de outubro de 2011

Às vezes não é tão difícil

Que é a mulher é poço de insegurança - principalmente em relação a seu peso - todo mundo sabe. O que poucos sabem é que é muito fácil nos tranquilizar. (e esse é, sem dúvida, o lide mais horroroso do jornalismo)

Pois eis que eu, possivelmente a criatura mais paranoiada com meu peso que conheço, estava às voltas com todas essas agruras e inseguranças quando ouvi esses dias um : "Olívia, nem com um pote de cocô na cabeça você fica feia". E achei um dos elogios mais bacanas que alguém já me fez.

O elogio casou divisão entre os amigos. Uns acharam que a comparação pecava na escatologia, outros acharam pura declaração. Eu simplesmente fiquei feliz.

É tão fácil, né?